Quando eu era criança, meu pai me levava para vê-lo jogar boliche com seus amigos, ficava boquiaberta em perceber a agilidade deles de pegar uma bola pesada, e ter um aprimorado impulso, conseguindo derrubar todos os obstáculos de uma vez.
No final da sua diversão, meu pai me deixava tentar jogar também, pegava a bola com o maior sacrifício; mas nas primeiras vezes não conseguia derrubar nenhum obstáculo...contudo com o passar do tempo fui me acostumando e conseguindo derrubar mais obstáculos; me recordo que foi a maior alegria quando derrubei o primeiro obstáculo, e meu pai bateu palmas para mim, sorriu, ficou me incentivando; nunca esqueci desse momento e como fiquei feliz com o incentivo de meu pai.
Creio que o nosso Aba Pai também torce por nós, com muito mais intensidade do que nossos pais; por cada luta travada interiormente ou exteriormente, quando saímos vitoriosos dela; pode ser pequenas coisas, um vício vencido, uma tentação afastada de nós, por nosso próprio desejo, dificuldades diárias, imperceptíveis para as outras pessoas; mas não para um Pai benigno, amoroso, vibrante, participante e atento; companheiro inseparável das nossas duras lidas; qualquer passo que damos, em prol da Sua vontade, é uma comemoração, vitória.
Não pense que Ele te abandona quando você não consegue lidar com algo que te incomoda, com aquilo que te entristece, quando percebe que errou, tropeçou, caiu, faltou sabedoria e discernimento; Ele sempre compreende os seus temores, as suas postergações, as suas desculpas, enfim as suas atitudes de fuga para não enfrentar de frente uma situação; assim como meu pai compreendia a minha inabilidade visível de levantar uma pesada bola de boliche.
Ele é paciente e sabe lidar com cada fase, cada momento, cada aprimoramento, cada lapidação, cada obstáculo; etapas necessárias para o nosso crescimento espiritual; o importante é ter a certeza que o Senhor nos acompanha em cada uma dessas etapas, e jamais nos abandona; Ele estará de braços abertos para nos receber quando chegarmos ao topo, pódio; momento tão almejado, no qual receberemos a Coroa da Vida e estaremos assentados ao Seu lado, ao lado do Seu amado Filho e do Seu Glorioso Espírito por toda eternidade.
Sem mais nos lembrarmos do tempo da nossa meninice, dos nossos passos tão trôpegos!
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 1 Coríntios 13:11
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