domingo, 9 de março de 2014

SEM TEMPO PARA O ESSENCIAL!





Na quinta-feira dessa semana, eu acordei bem cedo, me sentindo um pouco indisposta, mas mesmo assim tomei café,  me arrumei e saí; tendo ainda de enfrentar um trânsito caótico da minha cidade e os engarrafamentos costumeiros e muito calor; enfrentei todos esses contratempos, porque não queria frustrar a minha estimada amiga e desmarcar o nosso encontro, que tinha sido marcado com muita antecedência para conversarmos; pois ela vai viajar para visitar a sua neta que nasceu em outro estado, e  vamos ficar quase um mês sem nos vermos.
 
Chegando no Shopping ainda tive de esperar um pouco ela chegar, aproveitei o tempo disponível para passar na farmácia, numa loja; e quando ela chegou foi uma alegria, conversamos, lanchamos, passeamos;  sempre é muito prazeroso os momentos que passo ao seu lado; e nem sequer comentei com ela que tinha me sentindo mal mais cedo.
 
Ficamos algumas horas juntas e nos despedimos, e eu ainda fui efetuar alguns pagamentos e enfrentei o banco lotado com um fila enorme, o primeiro dia útil após o carnaval;  haja paciência para esperar e chegar a minha vez...
 
Entre eu sair do shopping e ir ao banco, eu andei um pouco na mesma avenida, e passei tão apressadamente por uma mulher com o filho nos braços, por duas vezes, indo e voltando, mas na minha afobação nem reparei que ela estava  querendo conversar ou pedir algo, não só pra mim, como para outras pessoas que estavam passando na rua; e eu infelizmente não prestei atenção a ela, querendo resolver os meus afazeres e chegar logo em casa.
 
E depois ainda tive de passar no supermercado para comprar a comida do meu gatinho e lá também estava cheio e tive de enfrentar outra fila; e na minha frente tinha uma senhora idosa muito simpática que começou a conversar comigo, falando sobre a greve dos garis do Rio de Janeiro, e que ela era uma professora aposentada que trabalhou muitos anos, e agora ganhava menos de mil reais após os descontos; talvez menos do que um gari ela dizia; procurei ouvi-la e até consolá-la a conviver com a sua dura realidade; observei também o seu carrinho de supermercado e só tinha poucas coisas; e na hora da sua vez de ser atendida, ela ainda tirou mais algumas coisas dele, ao ponto de ter umas oito bananas e ela só passar a metade delas; fiquei entristecida com essa cena que estava presenciando; mas ao mesmo tempo não tive reação de dizer a ela que colocasse tudo de volta que eu pagava a sua compra; pois o total dela só deu vinte e quatro reais...mas novamente numa fração de segundos, fiquei pensando que talvez ela se sentisse constrangida com a minha atitude; pois depois ela se despediu alegremente de mim.
 
Voltei pra casa me sentindo cansada e afogueada, o pouco tempo que passei na rua, mesmo usando o protetor solar me queimei e fiquei com o rosto todo vermelho; tomei banho, almocei e comecei a contar o que  aconteceu a minha filha; ela achou tudo normal; mas eu não, fiquei pensando vários dias sobre esses dois acontecimentos que vivi, tanto que resolvi escrever essa mensagem, querendo compartilhar com vocês os meus pensamentos e as minhas reflexões...
 
O tempo perdido não volta mais, assim como o bem que eu não fiz ao meu próximo-- a essas duas mulheres-- a primeira eu poderia ter parado para conversar  com ela, saber se ela precisava de algo, acolhê-la, enxergá-la realmente; e a senhora idosa eu poderia ter conversado mais, ter pagado a sua conta independentemente do que ela sentisse, mas pelo menos estaria sendo compassiva com  ela.
 
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. Tiago 4:17
 
Cristandade não é agir assim? Enxergar em cada face -- a face amada de Jesus-- não importando o quanto ela esteja encoberta de fuligem!
 
Também continuei pensando quantas vezes ficamos horas na Internet escrevendo sobre amor, bondade, compaixão, desprendimento, amizade e tantas outras virtudes e qualidades, e na vida real não as praticamos ou deixamos escapar a chance de agir diferente das inúmeras pessoas que passam impassíveis diante dos sofrimentos alheios.
 
Eu também fui vítima dessa indiferença perniciosa, alguns anos atrás eu estava trabalhando e dois rapazes em uma moto parou do meu lado e um deles, o que estava de carona, colocou o revólver em minha barriga só para me roubar um simples celular, eu poderia ter perdido a vida se recusasse a entregá-lo; algumas pessoas presenciaram o roubo, e ninguém veio saber como eu estava, se precisava de alguma coisa; depois do ocorrido fiquei meio atordoada sem saber o que fazer e acabei procurando um orelhão e a maioria dos telefones públicos estavam quebrados; e então resolvi abordar um rapaz pedindo a ele que me emprestasse o  seu celular, e foi aí que liguei a cobrar para meu filho, e ele conversou comigo, me acalmando que eu voltasse para casa e não trabalhasse mais.
 
Percebo que a cada dia estamos ficando mais indiferentes e impassíveis diante do sofrimento alheio seja no mundo real, ao vivo, a cores ou no mundo virtual, que não deixa de ser verdadeiro, pessoas de carne e osso, com sentimentos, sonhos e sofrimentos, enfim o nosso próximo, que não podemos ficar indiferentes, tentando ajudar de qualquer maneira. Obedecendo as palavras do nossa amado Mestre Jesus Cristo.
 
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;

Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?

E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?

E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mateus 25:35-40
 
Todos esses dias continuei me lembrando desses dois acontecimentos que vivi; peço perdão a Deus, em Cristo, e clamo que  novas oportunidades aconteçam para eu agir diferente quando estiver diante do meu próximo, seja no mundo real ou virtual; pois o tempo é demais precioso para fazer o que é gracioso e jamais volta atrás para uma pessoa apressada e desatenciosa; reconheço e aprendi a lição.
 
Deixo para vocês um vídeo edificante que acessei nesta manhã -- e creio que não foi por acaso-- o Espírito Santo me guiou a encontrá-lo e a escrever essa mensagem; e também  anexo  algo interessante que li hoje; espero que ambos os edifiquem e acrescentem aos meus,  aos seus e aos nossos pensamentos e  aos meus, aos seus, e aos nossos comportamentos-- a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo,  estando arraigados e fundados nesse grandioso e inigualável amor, gozando de toda plenitude de Deus.
 
Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,

Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,

E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Efésios 3:17-19


http://super.abril.com.br/blogs/tendencias/a-internet-esta-nos-tornando-mais-burros/

















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