domingo, 14 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA: TENTATIVAS MALOGRADAS!

 
 
 
Tentativa  de ser o sol para brilhar, dourar e aquecer;  mas fui a torrencial chuva, ao me derramar em lágrimas e lamentos.
 
Tentativa de ser a brisa suave e refrescante; entretanto fui o vendaval intempestivo e renitente.
 
Tentativa de ser o afago, acalento; todavia fui a mão que tateou no vazio das impossibilidades.
 
Tentativa de ser a rosa que perfumava o jardim; contudo fui o espinho que se revelou no atrito e na ferida exposta e dolorosa.
 
Tentativa de ser a janela, um novo horizonte que se descortinava;  porém fui o pássaro engaiolado que levemente  balançava as asas sem voar.
 
Tentativa de ser o porto, partida; no entanto fui o quarto fechado no universo ilimitado dos meus sonhos.
 
Tentativa de ser amada verdadeiramente; obstante fui a sonhadora repudiada enclausurada na torre inacessível da solidão.
 
Retrospectiva: Tentativas malogradas!
 
 
''Em nossas loucas tentativas, renunciamos ao que somos pelo que esperamos ser''
 
 (William Shakespeare)
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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